Noticia de Sara R. Oliveira a 07-05-2008
http://www.educare.pt
A notícia fala do projecto A Par – Aprender em Parceria que surgiu em 2006, na Escola Superior de Educação de Lisboa e tem lugar em três bairros de realojamento da capital. Emília Nabuco, professora e investigadora da Escola Superior de Educação de Lisboa criou este projecto com o intuito de estender a mão “a pais de camadas sociais mais desfavorecidas e a crianças pequenas”.
Uma hora por semana pais e filhos, até aos 6 anos, encontram-se para brincar, trocar sorrisos e contar peripécias. No início os pais fazem uma roda e a sessão arranca com uma canção de boas vindas. Os pais têm a orientação de líderes, educadoras de infância e psicólogos, sendo estes ajudados a identificar os principais gostos e conquistas dos filhos. Pontos que podem fazer a diferença nas questões da segurança, auto-estima e sucesso escolar, ou seja, segundo Emília Nabuco “estimulando os pais a aprenderem, os filhos vão mais preparados para o 1º ano. Se cantarem, se brincarem, se disserem muitas histórias, se estabelecerem muitas histórias, se estabelecerem uma rotina para a alimentação e para o sono, se tiverem todos os cuidados”. Segundo a responsável não há autoritarismo nem repreensões, cada pessoa é aceite tal como é. O que existe é “um modelo que se impõe pelo aspecto lúdico, pela brincadeira”. A responsável esclarece que existem três grandes secções: Outono/Inverno, Primavera e Verão, em que o mesmo tema é tratado de maneira diferente em três sessões.
Emília Nabuco conta na notícia que existiam mães que nunca tinham lido um livro e ainda crianças que nunca tinha tido um brinquedo, o investimento no material didáctico é muito importante segundo a responsável.
Para esta responsável ainda não é possível falar em resultados, mas salienta, que "algumas mães estão a tentar ir para a escola, outras começam a procurar emprego. Nota-se vontade de complementar a vida. E também há mudanças a nível físico e de linguagem. "Há mais cuidado de apresentação consigo e com os filhos."
Depois de ler esta notícia tive a certeza que uma pessoa pode fazer a diferença e que todos podemos mudar o mundo, e fazer com que a vida tenha muito mais sentido. Um projecto desta dimensão merece ser “copiado” e fazer parte de tantos outros bairros sociais ou não. Quantas famílias não precisam só desta hora por semana e não de críticas e discriminações? Quantas crianças não seriam muito mais felizes? Esta é a prova de que ainda existe esperança de que se pode fazer alguma coisa. Será que não podemos fazer este projecto com mais famílias, com outras classes sociais?
Acredito claro que existam outras iniciativas parecidas com esta, e que existam também muitos cérebros capazes de criar projectos com esta dimensão. Fantástico.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário